terça-feira, 23 de janeiro de 2018

TORRENCIAL METAL



Max Oliveira, 28 anos, baixista(dos bons) é o novo entrevistado da Pedrock Press.

Ele é responsável pela "baixaria" do Torrencial. Uma banda que existe desde 2006.


Max respondeu essa entrevista na correria do dia a dia-ele acabou de ser pai, valeu mesmo!!!


Ele conheceu a música com 12 anos, montou suas primeiras bandas de punk. A primeira banda se chamava Porco Atômico. Mas foi mais por diversão, logo ele queria ter uma banda de verdade, pegou um baixo de um amigo e nunca mais devolveu(risos). "Na verdade, eu paguei pra ele como se fosse vários carnês das Casas Bahia".


Conheceu o Ricardo da Wartoxic e ficou 2 anos com a banda. Era um thrash metal rápido e pesado. Fizeram vários shows por São Paulo. Após esse período, sentiu que era hora de partir para outro projeto.


Foi quando ingressou no Nove Ponto Zero(cover de Rage Against The Machine). "Essa fase foi espetacular pois a banda inteira resolveu morar na mesma casa, ensaiávamos todo dia e o som era muito bem executado, era realmente incrível mas a alegria não durou muito e um dos integrantes deixou a banda pois engravidou uma mina na qual ele está casado com ela até hoje e nós nunca conseguimos colocar alguém à altura dele na banda..."

Depois, ele tocou com o Reffugo, uma banda que tem bastante história no underground, ele tem muito orgulho de ter participado dessa banda.

"Teve o Coito Cabeçada, um projeto diferente, onde usávamos gaita de fole nas músicas e a bateria era sampleada , a banda era boa e eu evolui muito musicalmente.

Depois o Terror Fronte que também foi uma experiência fudida e atualmente Torrencial na qual não me vejo fora dessa banda mais, aqui me achei, tenho toda liberdade que preciso e vejo meus companheiros de banda como irmãos, realmente estou muito satisfeito com o progresso da banda."

Após as primeiras bandas, antes de entrar no Torrencial, Max ficou desiludido, um ano sem tocar nada, pensou até em fazer umas viagens, mochilão nas costas, estava desanimado, até que recebeu o convite do Luciano Pinguim para entrar no Torrencial. No começo a distância incomodava, ele é de Mogi das Cruzes, extremo leste e a banda de Itapevi, extremo oeste. Mas a dedicação e a irmandade com os caras da banda foram determinantes para ele começar sua história com eles.

Ele não é o mais novo da banda, Abner(baterista) está nessa função(risos), mas Max tem a sorte de escutar e assistir muitos vídeos que o Pinguim tem registrado, são vários aprendizados e risadas com eles.

Sobre os pontos positivos na cena, a batalha árdua por trabalhar no underground e o que pode ser modificado, Max respondeu:

"Cara, tem ponto positivo pra caraio, mas o que a gente mais vê são pessoas reclamando, recentemente fiz uma pesquisa para saber quantas casas de shows estão em atividade em São Paulo e tem mais de 50 , mas aí a galera fala que não tem rolê, os músicos que cobram do público que não comparece, só vão em shows que eles mesmo tocam, sem falar que muitas bandas cobram do público mas eles mesmo não fazem o seu melhor, o mínimo de cada banda é tocar certo e infelizmente isso não acontece frequentemente, aí fica difícil né...

Lógico que tem muita coisa ruim também, produtores pilantras e são muitos em casas de shows que só veem o lado deles mas para ter melhorias cada um tem que fazer a sua diferença e correr lado a lado com as pessoas certas."

Conte para a Pedrock Press como é o trabalho realizado com o Sidney Santos do La Migra; vocês são um coletivo com mais de 50 bandas, é isso?

"Trabalhar com o Cidão é incrível, são quase 3 anos de história fazendo eventos dentro e fora de São Paulo envolvendo mais de 100 bandas e sem fins lucrativos para o Coletivo. O Sidney faz um trabalho incrível, toda parte de divulgação, movimentação do site, blogs e redes sociais é tudo com ele, nesse ano vamos trabalhar um pouco diferente com o Coletivo, faremos menos eventos mas porém muito mais estruturado, muita coisa boa está por vir"

O Torrencial é: Luciano Pinguim(guitarra e vocal), Max Oliveira(baixo), Carlos Ferreira(guitarra) e Abner Oliveira(bateria)

A banda espera finalizar a gravação do clipe oficial, lançarão um single ou novo ep, querem fazer shows fora de São Paulo e uma mini-tour pela América do Sul. Esses são os planos do Torrencial para 2018.

A repercussão do Nação em Fogo está sendo legal pra vocês? Esse é o primeiro trabalho da banda?

"Está sendo incrível, o álbum foi bem aceito pelo público e pela mídia também.

Tivemos o enorme prazer de participar do programa pegadas de Andreas Kisser na rádio 89 FM e isso foi magnífico, pois temos muita influência do Sepultura em nosso trabalho autoral, nossas músicas tocaram também em diversas rádios online, inclusive fora do país.
Recentemente, fechamos um grande apoio com a empresa Jam Music Store, parceria que está sendo muito gratificante para nós.
Fomos convidados também a participar de alguns shows do começo da turnê do Andralls, na qual a banda celebra 20 anos de estrada e para mim é uma puta honra, pois acompanho o Andralls antes mesmo de eu pensar em ter banda(risos).
Só temos a agradecer pelas conquistas do Nação em Fogo.
Obrigado Pedrão pelo espaço e nos vemos na estrada.
Um grande abraço."

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