quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

DESABAFO BESTIAL

Da esquerda para a direita: Juliana Novo(batera), Márcio Maxx(Guitarra e vocal) e Beto Factus(baixo)

O Crucifixion Br está fazendo uma bela carreira no metal nacional. Conversamos com a banda sobre diversos aspectos e vamos mostrar nas palavras abaixo:

Antes de começar a entrevista, resolvi fazer um negócio um pouco diferente, deixei o vocalista do Crucifixion à vontade para dizer o que pensa sobre a sua carreira, vida, banda, etc. O Maxx é um cara gente finíssima, que exala verdade em suas palavras, não tem como não gostar de um cara autêntico como meu amigo Márcio Maxx.

Com vocês uma entrevista reveladora, confira aí:

Márcio Maxx Larrea Guterres (guitarrista e vocalista):

"Desde 1999 estamos vivendo isso, eu tinha outra banda, Hellish Prediction, nem conhecia a Juliana ( atual baterista do Crucifixion BR), nessa época a banda tinha outro nome, mas eu sempre sonhei em ter uma banda pra falar a minha verdade. Eu sempre escutei as bandas nos anos 70, 80, 90, ajudaram a minha forma de pensar, o meu intelecto, bandas tais como: Morbid Angel, Napalm Death, Iron Maiden,Carcass, Brutal Truth, entre outras, me ajudaram a continuar sonhando, no começo eu só queria cantar, depois fui pra guitarra,o lance é querer divulgar sua arte para um maior público, passar uma mensagem, mesmo com todo o extremismo do nosso som, eu não queria ser um garoto bobão sem opinião, era preciso se informar. O Crucifixion BR é meu alicerce, é onde eu luto todos os dias pelos meus fãs e pela minha família. É sempre querer trocar uma energia foda com a galera.

É sempre acreditar no teu som, querer trocar esse desabafo com os fãs, eu queria me ouvir, você entender quem é você, nunca foi brincadeira, ter banda nunca foi brincadeira, é você sempre acreditar no seu som, é uma troca de energia com os fãs, fundei a banda pra me salvar, cara...
Primeiro o Crucifixion foi pra Porto Alegre, a gente nunca parou, minha estrada foi difícil, perdi meu irmão, a música me ajudou a continuar, fizemos vários shows: Novo Hamburgo, Canoas, Abrimos pro Krisiun, porra, você sabe o que é isso?! Tocamos no tradicional Bar Opinião,  é uma escolha de vida, é como um filho que me acompanha desde 99, é um filho pródigo, muita história(temos) no sul,  eu queria focar só no nome do Crucifixion e seguir a minha trajetória, é paixão eterna pelo metal extremo, é uma válvula de escape pra mim.
Aqui em São Paulo (onde moramos atualmente) tocamos com Attomica( uma banda que eu sempre fui fã), Claustrofobia, Nervochaos (Grande Edu!), Vulcano, Não paramos nunca, nunca!

Aqui em SP fizemos muitas amizades, mas como diz o Dorsal Atlântica: "Metal Desunido!", 

 tem rixa besta, algumas pessoas são radicais demais, um exemplo que vêm de longe é a rixa do Sepultura com o Sarcófago lá nos anos 80, mas foda-se tudo isso, pra mim o que importa é o som honesto, o mais importante pra mim é o público.
(nota da redação: essa música do Dorsal têm 30 anos!)

O que tem que fazer é cada um fazer seu trabalho, acreditar no seu trabalho, isso envolve banda,produtores, tem que ter respeito entre as bandas, entre outras coisas...

É fazer o trabalho consciente,consciente do que pode passar pra galera...

A música nasceu comigo, a música e a arte fazem parte de mim, é um aprendizado todo dia, tu nasce com esse destino de fazer música,  na infância escutava Titãs na rádio AM, nem sabia que era rock, Engenheiros, músicas fortes sempre me pegaram, isso de optar por um estilo de vida acontece naturalmente na sua vida, eu tive relacionamentos, e as pessoas não entendiam, acham bacana no começo, depois querem te mudar, prefiro ficar sozinho, isso de querer "abdicar" das coisas, pra mim é uma mentira quem quer abdicar, se precisa abdicar é sinal que não tá fazendo o que gosta, a música tá sempre contigo, mesmo que as pessoas te decepcionam, ela tá sempre comigo.

O que eu quero sempre é focar num público maior, me senti bem no seu show, isso um garoto falou pra mim, foi foda demais,"tirei o diabo do corpo", isso que eu quero!

A gente se preocupou em fazer um trabalho legal desde o primeiro disco, na Europa foi uma experiência magnífica, tem que dar o sangue quando você está lá,a excursão para a Europa foi uma vitória!

Fizemos tributo ao Motorhead, vai sair o clipe de Bomber,  e também estamos trabalhando no próximo disco do Crucifixion Br.

Eu tô feliz com o Crucifixion, ficamos 12 anos em Porto Alegre, Saímos de Rio Grande,uma longa trajetória até aqui, e desde que escutei Sepultura, eu não parei mais,
                                       (Márcio e Andreas Kissser-guitarista do Sepultura)
 dependente do que falam, eu quero mais, sempre mais para a banda, e não foi fácil , nunca vai ser fácil, mas quando tem uma irmandade, a banda dura mais 20, 30 anos, 
ao Crucifixion eu agradeço por tudo.




Saque só o clipe do Crucifixion!

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