sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

FAZENDO METAL SEM PRECONCEITOS

O  Sharyot concedeu uma entrevista para a Pedrock Press. Nela, podemos conhecer um pouco mais sobre essa banda que está "metendo as caras" em outro país, sonhando alto e se divertindo muito.

Temos que valorizar bandas como o Sharyot, que não buscam o mais simples, como a própria entrevistada Stella nos diz:"Sempre estamos sujeitos a tocar em troca de cervejas ou abrindo shows de bandas covers em uma casa mais legalzinha. Isso reduz muito o espaço que pode ser explorado cada vez mais." O fácil seria ser igual as outras, mas o Sharyot pretende mudar a cena, encarando um país diferente, um idioma que não é o nosso, mas batalhando todos os dias para serem respeitados. Porque o complexo de vira-lata do brasileiro é notório, as bandas precisam fazer sucesso lá fora primeiro e só depois "entrar" no Brasil. Vai entender...

Se o Sepultura conseguiu, por que não sonhar, não é mesmo?!

Boa sorte para o Sharyot! As portas da Pedrock Press sempre estarão abertas para músicos determinados a sair da zona de conforto.

Confira a entrevista abaixo:



 Da esquerda para a direita: Matheus Dalla Costa (baixista), Stefano B.A(guitarra),  Eduardo Galdin(vocal), Stella Bridge(bateria) e Rafael Amarante(guitarra)

 

Pedrock Press: Pra quem não conhece o Sharyot, como você classifica o som da banda?

Stella: O Sharyot pode se dizer que tem uma característica própria, isso foi algo que sempre buscamos. Usamos nossas influências para criarmos algo com nossa cara. Som pesado, com melodias que façam as pessoas cantarem junto.
 

Pedrock: A banda foi fundada em 2008, nos conte sobre a trajetória até aqui.

Stella: Sim, o Sharyot foi algo que eu tive dentro de mim desde que quis formar uma banda e comecei a tocar bateria. Em 2008 o Sharyot teve a sua primeira formação. Com o Stefano B.A e o Eduardo Galdin.
Hoje nessa nova jornada, temos o Rafael Amarante e o Matheus Dalla Costa completando o Sharyot.

Nesses anos passamos por muitas coisas boas, como lançamento de EP, videoclipes, participações com artista muito legais, shows inesquecíveis como Expomusic que nos abriu muitas portas. E hoje estamos gravando nosso primeiro CD aqui em Los Angeles.

  
Pedrock: Qual a maior dificuldade encontrada para quem tem banda no Brasil?

Stella:O Brasil infelizmente não está valorizando a arte em um geral. E quando isso acontece são sempre as mesmas bandas, ou sempre bandas covers que tiram o espaço de quem está batalhando e criando sua própria arte. Sempre estamos sujeitos a tocar em troca de cervejas ou abrindo show de bandas covers em uma casa mais legalzinha. Isso reduz muito o espaço que pode ser explorado cada vez mais. Mas tenho visto muitas bandas se movimentando para fazer isso tudo mudar. E acredito que possa ter força o suficiente um dia para essa realidade mudar.
 

Pedrock:Até por isso, vocês resolveram morar e gravar o novo álbum nos Estados Unidos?

Stella:Sim, desde o começo da banda focamos em cantar inglês e atingir o mercado internacional. Tivemos a honra de conhecer o Wagner Fulco Que gravou nosso CD aqui e abriu diversas portas para nós. E aqui as coisas acontecem, por isso estamos morando e produzindo nosso CD aqui.

Pedrock: O Sharyot já teve muitas formações? Muitas vezes a convivência dentro de uma banda é bem complicada, como é ter que lidar com isso e/ainda sendo a única mulher no grupo?

Stella:Sim, já tivemos muitas formações. Baixistas para ser mais específica ...hahahha, Nós trabalhamos de uma maneira muito intensa e determinada, e não é todo mundo que nos acompanha nesse ritmo. Por isso as coisas acabam se tornando um pouco difícil às vezes.

Mas tenho uma coisa dentro de mim que é a sinceridade, então sei que quem quer, faz acontecer. O fato de ser mulher na banda, eu não vejo diferença e inclusive, adoro.

Pedrock: Quais são as maiores influências do Sharyot?

Stella: Nós gostamos muito de Avenged Sevenfold, Metallica, Guns 'N Roses, Angra, Halloween, Lady Gaga (haha) ouvimos muitas coisas e tudo sempre serve de referência.

Mas cada um de nós tem um gosto bem específico, desde música Brasileira como o Rafael, até Black Metal como o Matheus... hahaha

  
Pedrock:Assisti um show de vocês no Studio Latitude, no evento Let's Sing Together, a banda Válvera também tocou no evento, vocês organizavam esses shows, não é? Gostaríamos de saber um pouco sobre o que rolava nesses eventos...

Stella: Isso, em 2015 idealizamos o evento Let's Sing Together Fest, com o propósito de unir todas as bandas de som autoral, e fazer com que essas bandas tivessem um espaço legal para se divertir e se apresentar para diversos públicos diferentes.

Com o apoio da playtech da Sound box, one amp e Studio Latitude para fazer esse evento.

Fazíamos de coração e conseguimos conhecer muitas bandas, inclusive o pessoal do Válvera que são nossos amigos hoje e já dividimos palco outras vezes depois.
 

 Pedrock: Quais são os próximos passos da banda? Existem planos para uma tour nos States/Europa e no Brasil?

Stella:Os próximos passos serão a finalização do CD, com a mixagem e a masterização, que já está acontecendo.

Ano que vem faremos o lançamento e com certeza partiremos para uma tour.

Começaremos com uma tour aqui nos EUA. É conforme for acontecendo vamos fechando em outros lugares. Estamos bem empolgados com o lançamento deste nosso novo trabalho.
 

 O que a música significa pra você?

Stella: A música pra mim é a minha gasolina, é a minha forma de expressão, posso ser 100% eu mesma , inclusive espero o mesmo dos apreciadores do nosso som, viver intensamente o seu "eu" ao curtir Rock n Roll, sem preconceitos...

Stella, queremos agradecer você e o Sharyot pela entrevista, se quiserem, deixem um recado final para os fãs e para os amantes de rock/metal.

Nós que agradecemos, adoramos, muito legal mesmo!
Para os fãs eles já sabem, que estamos sempre juntos! 


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